o outro antigo voltará.'
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[Caio F.]
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Pintou os lábios como se fosse pra guerra. E ia. Enfrentar o moço que usava de suas palavras ardilosas pra conseguir estilhaçar o que ela tem de mais bonito: a serenidade. Antes de sair de casa, jogou uma moeda no poço do quintal, aquele que ela sempre acreditou ser encantado. E ela foi descalça. Porque de salto ela se tornaria mais alta que ele, quase dois palmos. E isso o agredia ainda mais. Ele tinha de ganhar dela de alguma forma, mesmo sendo só na altura. Mas o motivo dela ter ido descalça não era esse, não. Ela queria mesmo era olhar bem nos olhos dele. Do escuro de dentro do olho até o arco-íris perdido. Ofendendo, assim, todo o seu interior de homem mesquinho. Que, com asas quebradas, tenta impedir os voos alheios, numa forma de vingança de sabe-se lá o que. Só que ao invés de levar a espada, ela levou o frasco de água benta. Que ela acreditava em milagres. E esperava que o tal moço se banhasse por dentro todinho e que daquela boca não saisse nenhum comando nem ludicice. Ela queria que saisse da boca dele muitas bolhas de sabão e fumaça de amor.
Pintou os lábios como se fosse pra guerra. E ia. Enfrentar o moço que usava de suas palavras ardilosas pra conseguir estilhaçar o que ela tem de mais bonito: a serenidade. Antes de sair de casa, jogou uma moeda no poço do quintal, aquele que ela sempre acreditou ser encantado. E ela foi descalça. Porque de salto ela se tornaria mais alta que ele, quase dois palmos. E isso o agredia ainda mais. Ele tinha de ganhar dela de alguma forma, mesmo sendo só na altura. Mas o motivo dela ter ido descalça não era esse, não. Ela queria mesmo era olhar bem nos olhos dele. Do escuro de dentro do olho até o arco-íris perdido. Ofendendo, assim, todo o seu interior de homem mesquinho. Que, com asas quebradas, tenta impedir os voos alheios, numa forma de vingança de sabe-se lá o que. Só que ao invés de levar a espada, ela levou o frasco de água benta. Que ela acreditava em milagres. E esperava que o tal moço se banhasse por dentro todinho e que daquela boca não saisse nenhum comando nem ludicice. Ela queria que saisse da boca dele muitas bolhas de sabão e fumaça de amor.
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[Cris, a que sonha]
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10 comentários:
Do-fundo-frio-do-peito-amém.
Guerra santa!!!!
Cris, lindo texto!
Own que lindo!
Já acreditei em milagres, de pensar que uma pessoa poderia mudar...Até hoje não aconteceu,confesso que até desisti de acreditar,mas dizem que a esperança é a ultima que morre...
Bjs!
Já fui pra guerra um monte de vezes.Larguei a causa. Cansei de perder as batalhas..=/
Que vc tenha mais sorte!
Bjuh!!
=D
'Ela acredita em milagres'
E é assim que muitos levam a vida, a depender de milagres.
Beijos ;*
[bellanogueiira.blogspot.com]
todos já enfretamos uma guerra assim.
mas nunca li algo tão bonito sobre isso.
lindo teu fuzuê de palavras.
;)
Vim aqui enfeitar minha alma...
Beijos :*
e as minhas guerras sempre foram tão inúteis... :~
=*
Uma guerra na qual todos entramos ao menos uma vez.
Seu blog é lindo!
Acompanho ele faz um tempo já...
Já estou te seguindo, claro.
Se puder, dê uma passadinha lá no meu e me siga tb, ficarei mto feliz!
;D
bjinhus...
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