A mulher vê, ao longe, a menina que segue rumo andante, com uma trouxa debaixo dos braços e um cansaço na sola dos pés. A menina só para à noite, pra se abastecer de sonhos. Pra, no outro dia, retomar a estrada, sacudir a poeira da saia e plantar flores pelo caminho. A mulher que vê, se reconhece. É ela mesma a menina. Na eterna procura de se achar o rumo. E, com os olhos salgados, à medida que a menina vai sumindo no estradão, a mulher se despede fazendo o sinal da cruz: Dios lhe guarde, Chica.
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Um comentário:
estea con dios
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