Neves Paulista, 12 de Agosto de 2009
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Outro dia o pai me disse que ocê descambou a chorar feito menina-moça que tá começando a saber do mundo lá fora. Eu quis entender o motivo de tal choro, se era dor de fora ou dor de dentro. Entonce ele me disse que era a junção das duas. Fora-Dentro. Que ocê tinha caído um tombo feio e quebrado a perna e, outro, que te fez quebrar a cara. 'Dor de amor, essas coisas. Mas nada de grave. Pra isso existem remédios milagrosos.'- Foi pai quem disse. Entonce pra que chorar? Guarda tuas lágrimas pra mais tarde, motivos não vão faltar. E mais graves, como perda de pai e mãe. Ou de alguém querido. Que essas dores não cicatrizam, nem tomando cachaça. Ou rezando muito. Guarda o fôlego, menina, vai ficar precisada. Enquanto isso vai cantando no chuveiro, olhando o céu bunitu, rindo, rindo.... Ria até do que parece sem graça, que depois ocê se acustuma e nunca mais vai parar de rir. O riso gruda na cara da gente e manda o nó na garganta pro lado de lá. Dança, pula, grita, anda de roda-gigante, canta no meio da rua, pira na batatinha se for preciso. Mas num dê espaço pra tristeza, não. Não deixe que nada te prenda o riso. Nem que adubem a tua mágoa.
Sei que ocê carrega um fardo na alma, mas é que as coisas se tornam mais leves se a gente cantar. Borandá, menina, que estradão é grande e margeado de boninas.
Um xero, Mil xeros
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Outro dia o pai me disse que ocê descambou a chorar feito menina-moça que tá começando a saber do mundo lá fora. Eu quis entender o motivo de tal choro, se era dor de fora ou dor de dentro. Entonce ele me disse que era a junção das duas. Fora-Dentro. Que ocê tinha caído um tombo feio e quebrado a perna e, outro, que te fez quebrar a cara. 'Dor de amor, essas coisas. Mas nada de grave. Pra isso existem remédios milagrosos.'- Foi pai quem disse. Entonce pra que chorar? Guarda tuas lágrimas pra mais tarde, motivos não vão faltar. E mais graves, como perda de pai e mãe. Ou de alguém querido. Que essas dores não cicatrizam, nem tomando cachaça. Ou rezando muito. Guarda o fôlego, menina, vai ficar precisada. Enquanto isso vai cantando no chuveiro, olhando o céu bunitu, rindo, rindo.... Ria até do que parece sem graça, que depois ocê se acustuma e nunca mais vai parar de rir. O riso gruda na cara da gente e manda o nó na garganta pro lado de lá. Dança, pula, grita, anda de roda-gigante, canta no meio da rua, pira na batatinha se for preciso. Mas num dê espaço pra tristeza, não. Não deixe que nada te prenda o riso. Nem que adubem a tua mágoa.
Sei que ocê carrega um fardo na alma, mas é que as coisas se tornam mais leves se a gente cantar. Borandá, menina, que estradão é grande e margeado de boninas.
Um xero, Mil xeros
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Cris Carvalho
PS: Se acalma e vem, confia em tua corage mais uma vez, e outra, e outra, e sempre!
PS: Se acalma e vem, confia em tua corage mais uma vez, e outra, e outra, e sempre!
6 comentários:
Oii!
Adoooorei o sotaque caipira e os sábios conselhos!
"Guarda o fôlego, menina, vai ficar precisada. Enquanto isso vai cantando no chuveiro, olhando o céu bunitu, rindo, rindo.... Ria até do que parece sem graça, que depois ocê se acustuma e nunca mais vai parar de rir. "
Adorei, adorei e adorei! hahahaha
beijão menina e parabéns pelas palavras! ;***
adorei seu estilo, moça!!!
E que sejamos felizes, mesmo sem permissão!!
beijos azuis
Se todo mundo tivesse esses conselhos...
Adorei! Adorei! Adorei!
Docemente lindo!
Gosto muito daqui, flor ;*
Tá cada vez mais lindo!
Que coisa mais linda!!!!\o/
Adoro esse blog,é fato!! =D
Xêro!
"O mundo é bão sebastião"
=)
Gosto muito desse olhar bonito sobre as coisas da vida. De fato nada é tão cruel quando se pode perceber a beleza por trás de cada dia e de cada lágrima.
Teus textos tem sempre uma alma bonita.
Beijos!
;**
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