15.7.09

Na algibeira

Ela nasceu numa cidadezinha lá onde Judas perdeu as botas. Vez ou outra, sofre um revestrés e cisma de desgrudar os pés do chão. Bota as lembranças na algibeira da alma e se põe a caminho. Não se esquece de levar, também, um tercinho, que é bento. Pros dias difíceis (ela sabe). O mais das vezes, é os pés pedirem pra criar raízes, cansados de tanta andança. Aí ela sabe que é horinha de voltar pra casa, com a algibeira mais farta do que foi. E volta com ela, também, uns olhos cheios de tudo quanto é horizonte. Pra partir depois.

Um comentário:

Ni ... disse...

Ah moça...
Seu cantinho me faz muito bem!!

Beijo e mais beijos