20.6.09

Para

Márcia Gregório,

[Se me obrigassem a dizer porque a amava, sinto que a minha única resposta seria: Porque era ela, porque era eu]

Alma grande, espremida dentro do corpo. De tão grande que é. Ela é assim: toda ternura. E ri muitas vezes, sozinha, na rua. Achando graça nas pequenas coisas. E das pessoas pequenas também. Assim, passa por louca. E de santa não tem nada. Mas é toda humana. Até o dedão do pé. E ela trapaceia o destino como se fosse fácil. Como se fosse mágica. Ela não espera. Ela vai lá e faz. Ela mais que perdoa: ela ama. Tece a vida como se fosse nuvens. E dá o arremate final com ponto de ouro. Brilhante ela é.
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